segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A padeira dos beijinhos no curação

Entrei na padaria que por sinal está muito bem servida de aparências. Tem lá um bijou de bata branca, que até fico com a língua enrolada ao céu-da-boca. Mas adiante, que isto são rosários de outras contas, costumo pedir sempre um papo-seco de meio sal, mas como hoje faço contas de estar até tarde na cusquice no Luso, pedi um pão especial que eles lá têm para locais deprimentes.

Dirigi-me então áquele bálsamo para os olhos, e pedi-lhe uma rosca de Bulling. Estou com esperança de mandar três ou quatro poetas para o estaleiro, andam por lá umas poetas sempre a falar em roscas, roscas para a frente, roscas para trás, e, depois de tanta rosquice deixam ficar beijinhos no curação.
A pobre coitada, ainda com farinha no sobrolho esquerdo, que por sinal ficava-lhe muito bem, disse-me:

- Ó pá, que grande caralho! esse pão ainda está no forno, vai demorar ainda um pouco a ficar no ponto. Ainda há dois minutos tinha mais de uma dúzia de cacetes aqui na cesta, mas uma comandita organizada e com estatuto de elevado grau intelectual, acabou por levar as roscas todas.
Mas a loiraça de bata branca, nivelada quatro dedos acima do joelho, continuava a galar-me com um olhar que até me fazia subir o desempenho para lá do umbigo, e sem papas na língua continuava a palrar como se de um anjo se tratasse, não fosse a farinha bem me tinha levado na pandeireta.

- Ultimamente tem havido muita procura deste pão, dizem que é por causa de uns poetas que andam armados em maus, e lembraram-se de fazer bolinhas de pão para mandar uns aos outros, aquilo parece-me mais um ninho de víboras, isto é o que se ouve aqui! Eu nem gosto de ouvir as conversas dos outros mas, deitei o ouvido para dentro da matilha e só ouvia falar em cobras e lagartos.

Sou padeira e não percebo nada dessa merda de fazer poemas com bolinhas de miolo de pão, até já disse ao poeta que veio buscar os últimos cacetes, que se fosse eu, levava era broa de centeio, tem uma côdea dura para caralho, sempre dava para aleijar mais um pouco. Agora valha-me Deus! Atirar bolinhas de miolo de pão! fosse comigo freguês, fodia-os a todos, até lhes atirava com hortaliça, pepinos, grelos e outros instrumentos de prazer, que assim nunca mais se metiam comigo.

Agora, aquilo não são zangas, é passatempo de gente com unhas de gel, gente que manda beijinho para cá, beijinho amarelo, beijinho cor-de-rosa, e depois ainda se despedem com etiqueta de gente que tem a mania que tem estudos. Mulher que é mulher, amarrava nos cabelos da pindérica e arrancava-os um a um, tal como os homens, muito blá, blá e mais nada, o pontapé no cu fica na gaveta das regras da cultura. É por isso que gosto de ser padeira, e principalmente de Aljubarrota, com a pá ia tudo pró caralho e mais nada.

(entretanto entra um poeta daqueles inofensivos, pergunta: há pão sem sal?)

Responde a padeira cada vez mais bonita, uma padeira zangada é outra coisa. Isto sim é mulher com pelo na benta, até os peitorais saíram por cima com os nervos.
- Só tenho aquele, a próxima fornada é para este poeta ilustre
- Serve, esse levo comigo, é o meu favorito

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Paulo Moraes Publicado: 29/07/2010 1

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Excelente leitura. Rolei de rir. Parabéns !!!

joaosurreal:
Ainda bem que gostaste. Os meus textos a partir de uma certa altura começaram a ter a preocupação de fazer as pessoas rolar. A ordem dos surrealistas, organismo máximo de todos os surreais de Portugal, decretou pelo seu bastonário que todos os textos surreais teriam de fazer rolar.

Este acabou até por trazer problemas graves para mim, é que acabou por fazer rolar uma pedra que estava em desequilíbrio no monte da Nossa Senhora do Amparo e o pior é que havia uma romaria no sopé em honra da dita Santa, acabando por apanhar a banda de música que animava a festa. A comissão de festas foi obrigada a suspender a missa das seis da tarde, porque os músicos deram à “suleta” deixando para trás os instrumentos.

Resultado, dois saxofones, três violinos, um clarinete, um trombone, dois ferrinhos e três pandeiretas foram para o caralho e outros ficaram em muito mau estado. A festa que era para ser uma grande festa está a rolar.

Abraço
js

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Carolina Publicado: 29/07/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

és terrível, gostei de ler...fui eu que comprei o pãozinho sem sal, por causa das tentações.

Diverti-me imenso, obrigado.

beijo

joaosurreal:
Carolina, valha-me Deus, então tu tinhas-me prometido que não dizias a ninguém a minha verdadeira identidade e puseste a boca no trombone. Bou ter que cortar relações poéticas e não poéticas com a senhora.

Agora todos ficaram a saber que sou descendente do Ivan o Terrível, nunca mais vou ter sossego, e o pessoal até é bem capaz de me deixar de comentar. Quero BER quem Bai ser responsável pela estatística das leituras aqui do tasco. Eu tinha como objectivo entrar para o TOP 20 no número de comentários e favoritos, e o pessoal com o caganço Bai dar aos pedantes da minha beira.

Bem! Veremos como vou ultrapassar esta porra toda. Quanto ao poeta inofensivo que levou o pãozinho sem sal, não eras tu, nunca te vi dar favoritos a ninguém aqui no Luso Fofoqueiro. Tu és um bocado unhas-de-fome em comentários, e não passas bola a ninguém. Mentes pior que o Sócrates.

Beijo
js

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Alexis Publicado: 29/07/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação para joão surreal

eheheh.isto aqui é um oásis para quem gosta e sabe escrever assim.adoro ler as tuas sátiras.sempre gostei.mas por um lado preferia que não tivesses tantos assuntos passíveis de ridicularização.enfim.do mal o menos,esta é a parte boa da questão.uma boa gargalhada.

beijo surreal

joaosurreal:
tens toda a razão, isto aqui é um oassis. Nunca me tinha passado pela cabeça essa porra do oásis, mas agora compreendo perfeitamente onde foste buscar essa ideia. Tu és mesmo mazinha, tinhas que dar uma facadinha, nos camelos que andam por aqui. Só há camelos no oásis, tu és inteligente, mesmo.

Agora ando por aqui perdido à procura do areias, o de duas bossas e que tem muito pelo. Bem, mas eu nessas merdas não me meto, confesso que já por aqui vi camelos e até já vi muito camelo a meter água, mas cada um é como cada CAL. Uma coisa me deixou preocupado, é que a meio do teu comentário desconfio que te baralhaste e estavas a pensar noutro poeta qualquer.

Diz-me lá onde é que eu escrevo essas porcalhices de sátiras? Ficas sabendo que eu levo tudo muito a sério, e não gosto de brincar com a religião, nem meter coisa do diabo nos meus textos, ou pensas que eu não sei que a sátira é a mulher do Satanás?

Tenho uma vizinha que brincou com uma merda dessas, e acabaram por lhe tirar do estômago um novelo de cabelos, duas agulhas de croché, uma lâmina gillette G3, um pincel da barba, e dois preservativos ainda por usar de uma marca desconhecida.

Se não fosse o padre, que era amigo de um amigo do diabo, e depois de muita negociação, acabou por conseguir que vomitasse quase tudo, ficaram-lhe presos apenas os preservativos, mas não há explicação, dizem que é um ficheiro secreto.

beijo
js

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ConceiçãoB Publicado: 29/07/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Por acaso não tinham por lá regueifas???
Com manteiga até ia…ahahahhah

joaosurreal :

Por acaso até tinham, mas os poetas não gostam de regueifas. Perguntei à minha amiga padeira o motivo da pouca saída das regueifas para os poetas, segundo ela, o que ouviu nos corredores da má-língua é que tem a ver com o nome.

Regueifa, vem de regabofe que por sinal é o que há mais lá para as bandas dos poetas, e que por sua vez, esta palavra apareceu na literatura portuguesa porque havia um poeta que regava pra caralho. todos no meio literário o tratavam pelo rega, entretanto o Zé dos amuletos, isto é, o Rega, meteu-se de namoros com a filha do bofe, era policia na esquadra das Antas, mas os amigos com medo, porque sabiam que ele era teso, em vez de bófia diziam bofe.

A filha do bofe era conhecida pela “bela bode”, era feia pra caralho, e por último, para não alongar mais a história o que posso dizer é que quem se fodeu com isto tudo foram as regueifas que nunca mais tiveram saída no POOOOrto. Quanto à manteiga estava esgotada e segundo a mesma fonte tem a ver com um filme em exibição no Sá da Bandeira, o último tango em paris, mas sobre merdas francesas não falo porque não sei, só sei dizer “merci bó cu”.

Beijo ConceiçãoB

js

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ÔNIX Publicado: 29/07/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Este texto que aqui deixas, não é de todo inocente, nem no todo e nem em parte, mesmo as partes do pão que serviram para fazer bolinhas para mandar aos poetas. Este é talvez um dos melhores textos que escreveste, e que serve de exemplo a tantos outros que aqui se lêem, que pretendem fazer rir, ou então fazer mais do que isso, alertar para males que não se entendem.

O mal não é entendível por pessoas do bem, mas esse mesmo bem não é decifrável pelas pessoas (ditas pessoas que somos), num conjunto de variadas formas. Por isso as bolinhas de pão.
Ainda que depois de saído do forno, sirva para dar de comer a quem tem fome, antes ainda em estado massificado, poderá servir para matar a fome dos que nada têm, e nem a fome é significado para que se aceitem bolinhas de pão massificado.

Ainda em estado ausente da levedura, só servirá para encher e levedar os estômagos vazios. Inchados iríamos todos levitar em atmosferas densas não massificadas.

Com a côdea, já a coisa muda de figura, porque se a côdea acertar em cheio num olhar menos atento, ficará com o esse mesmo olhar perdido na fornada que ainda não saiu do forno, à espera das tais bolinhas de pão mais macio.
Macias são também as tuas palavras, mesmo satirizando situações que te podem também ferir o olhar. Dá-me um pouco dessas bolinhas de pão que os teus olhos fabricaram, e quem sabe as minhas palavras se resumam e tão só a “Obrigada João” pelas tuas palavras e por me fazeres ver que há fornadas que não aguentam mais, por bolinhas massificadas.

Beijo Joaozito

Dolores Marques


PS: desculpa lá, mais este palavreado, mas vou estando e aprendendo contigo a ser mais moderada nas palavras

joaosurreal:
Agora é que fodeste tudo, essa coisa de que não sou inocente é que não contava nada. bem sei que sou ainda um puto larachas, mas atenção, já tive bué de namoradas! e até já fiquei noivo por vinte e quatro horas, com uma gaja que tinha uma Citroen de 2 cavalos descapotável.

Outra coisa que não concordo é essa coisa de dizeres que eu alerto para males. Ficas tu a saber que apesar de eu ter tirado um curso por correspondência sobre astros, também leio o tarôt, ultimamente não tenho deitado cartas, porque alguém me fodeu a carta da fortuna, e o desarranjo financeiro tem complicado muito o meu investimento nesta área.

Eu até que era bom e já estava a ganhar nome, tinha uma proposta para substituir a Maia na SIC, não a abelha Maia, digo a cartomante que trabalhava com a Fátima Lopes... tive também um convite do Padre Fontes para montar uma tenda de bruxarias em Vilar de Predizes concelho de Montalegre. Agora para falar com verdade e rigor, que é como eu gosto de falar, essa coisa das bolinhas pelo ar, foi invenção minha para dar um bocado de vida ao texto, o que eu queria mesmo dizer, é que os gajos da poesia são crianças grandes, e então atiram bolinhas de pão uns aos outros, e quando não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

Ultimamente, com a crise, até andam a fazer bolinhas de sabão. São uns putos mimados, necessitam de umas palmadas nos rabos ou então metê-los em colégios internos.
Bem, Dolores, estou muito cansado e vou dormir que amanhã tenho um dia fodido, tenho que preparar um texto para postar neste nosso convívio diário de escrita.

Beijo Dolores
js

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Liliana Jardim Publicado: 29/07/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Ola João

Costumo ser preguiçosa para ler textos grandes, desinteresso-me fácilmente, mas este teu texto li-o até ao fim e Gostei de ler-te.

Beijinhos poeta
Tudo de bom para ti

joaosurreal:

Não me fales em preguiça que fico logo cansado. Ultimamente ando muito cansado, até tenho dificuldades em escrever. Esta história da padeira não terminava ali, eu tinha muito mais para contar até porque a rapariga é fogosa e anda metida com um cliente mais velho 50 anos do que ela, mas está muito bem conservado ninguém diz que está na casa dos oitenta.

Para a impressionar todos os dias vai à padaria buscar trinta e quatro dúzias de papos-secos, doze cacetes de entrançados, três dúzias de pão de água, 6 dúzias de pão integral, 1 dúzia de regueifas, vinte e quatro pastéis de Belém e doze bolas de Berlim e por último dezoito croissants recheados entre outros sortidos de doces caseiros. O homem vive sozinho e até tinha um carro de dois lugares descapotável mas acabou por vendê-lo, e comprou um comercial para poder transportar o material.

O homem acabou por montar um negócio com a esperança de trazer a padeira para o seu pé, acabou por montar uma tenda na feira semanal com o objectivo comercial de poder vender o pão em 2º mão. O amor é fodido, o pobre homem acabou por ganhar esperança, começou a fazer um tratamento muito grande para aumentar a hormona do prazer, estando mesmo já a tomar vários comprimidos diários de várias cores, entre eles, um azul para evitar a perda de cabelo quando sem ninguém contar e num cruzamento desnivelado um camião desgovernado tombou por cima do desgraçado.

A carga e um carregamento de farinha, esmagou o sonho do infeliz. Veio-se a saber que o condutor do camião era um antigo namorado da padeira, que tinha tido um caso de uma gravidez interrompida ao abrigo de um acordo entre as partes. Bem, mais tarde conto-te o resto, sei que nesta altura já deves estar cansada de ler esta merda toda. Eu também estou de rastos.

beijo Liliana

js

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josetorres Publicado: 02/08/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Tenho uma in-beja de ti do caralh* para falar português.
E que tu a brincar a brincar f*des nos teus textos a mãe do macaco, o pai e o avô, se for preciso.
Eu, a sério, mando os mesmos para o car*lho e só me fod*.
- Ai porque é malcriado, moralista, fascista, xenófobo...
É por isso que te digo à moda do minho: Ora vai-te lá fo*er. Ou é a eles que tenho que mandar?
Fora isso mais um bom texto.
Zé das Torres

joaosurreal:

Caro Zé das Torres Bravas

Até que desta vez fiquei mesmo fodido contigo, nunca pensei que fosses invejoso mas até aqui tudo bem, do mal o menos, e invejosos não faltam neste mundo, mas invejoso do caralho??? Esta é que não deixo passar.

Atão diz-me lá onde viste o caralho? Mas tu pensas que eu sou desses que abro a gabardine prás sopeiras nos parques de estacionamento? Temos que deixar esta merda muito bem esclarecida. Ou me dizes como tens inveja dum caralho que tanto estimo, e que anda sempre metido em casa, ou atão és voyeur e andas atrás das árvores a mirar um gajo a dar umas mijinhas. José, nunca imaginei que fosses assim! Estou de rastos e completamente envergonhado.

A partir de hoje, Bou ter mais cuidado com as minhas necessidades fisiológicas. E mais Sr. José, não sou Zoófilo, fica sabendo que nunca trabalhei no zoo, e nunca tratei mal animais, e muito menos fodo macacos ou a mãe destes. Bem, mas agora um desabafo, já tive um amigo que trabalhava no zoo, era ele que tomava conta dos papagaios, teve um caso com um elefante, mas a coisa correu mal, não sei se ele ou o elefante desequilibrou-se, caiu mal, estatelou-se em cima de um tomate e ficou impotente. Anda agora a fazer um tratamento à base de vitaminas, mas não ganha para cortes de cabelo, penso que lhe mexeu com as hormonas e está com uns peitos do caralho, o cabelo não para de crescer, e ficou com uma voz que parece a Dulce Pontes.

Os médicos já o desenganaram, agora é sempre a piorar, já o mandaram comprar uma saca de pensos higiénicos. Está mesmo fodido, não tarda nada Bai aparecer com cueca fio dental. Mas cá para nós está muito melhor agora que antes, está mais airoso, até já me passou umas coisas pela cabeça, mas a religião fode-me, e eu quando for grande quero ser catequista. Bês agora no que dá andar metido com animais, logo um elefante? também teve sempre a mania das grandezas, fodeu-se.

Sobre essa coisa de te tratarem mal não ligues, a minha chavala também todos os dias arranja um nome novo para me insultar, agora anda com a mania de dizer que já não consegue fazer nada de mim, e que se não vou com palavras, Bai arranjar um gajo novo pra me aleijar. Já lhe disse que não me Benha com cinturões negros para a minha beira, que não quero cenas violentas e se não sabe dizer que me ama doutra maneira então que vá pró o caralho. Por isso é que te insultam, gostam de ti, mas olha lá, nunca ouvi chamar-te moralista. Foda-se, essa merda não, essa não admitia.

O gajo que me dissesse isso enxertava-lhe o canastro, quer dizer, nem podes olhar para uma gaja boa? Foda-se…
E para terminar, já não tenho tempo para mais treta, digo-te que essa de me mandar foder não aceito, foda-se, estou com excesso de actividade, o médico até já me disse que posso ter um furúnculo num pulmão do desgaste sexual.

Manda foder os outros, que tem malta por aqui que pelos avatares que mostram tenho ideia que já não vêem o padeiro à séculos. Alguns até devem ser ainda virgens e bem virgens…

Abraço
js

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josetorres Publicado: 06/08/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

Ó João, olha uma coisa, tu até tens razão em muitas coisas e sabes que só te mandei foder devido a um problema genético que me advém de ser filho do Minho. Também filho da puta, se queres saber, mas de uma elegância sem paralelo. Tu que me conheces, diz lá. Diz lá!?
Já agora aproveito para te dizer da grande originalidade que representas aqui para o antro. Melhores textos nos comentários e profunda clarividência.
Abracinho.

joaosurreal:

José Torres!

Essa coisa do mandar foder, eu compreendo perfeitamente. Mas tiveste sorte em dar comigo, muita sorte. Um amigo meu, na semana passada mandou foder um GNR do batalhão florestal, um daqueles que anda armado em bombeiro e quem se fodeu foi ele. O pançudo, deitou-lhe as algemas e mandou-o para a pildra sem apelo nem agravo.

Tive que ir lá eu falar com o Juiz e dizer que é normal as pessoas mandarem-se foder umas às outras neste país e depois de vários exemplos, até lhe disse, que no Luso o pessoal manda-se foder com regularidade, e que nem por isso, deixam de falar uns para os outros. O juiz, sensibilizado pela atitude dos poetas, sim porque um poeta que é poeta, não leva a mal, porque haveria de levar um GNR armado em bombeiro?

Mandou-os para casa com a absolvição e só lhe disse que da próxima vez, seja mais educado e diga: Senhor agente o Senhor não se quer ir foder. E depois o homem é que sabe o que quer fazer dessa parte da vida dele. Este juiz era fixolas. Bem para te ser franco a elegância está um bocado fodida, estás a ficar um pouco pelas ruas da amargura, aquela tua foto com o RXHULB está a dar cabo da tua imagem.

Não sei quem te tirou a dita fotografia, mas acredito que não era teu amigo, e esse cromo para colocar uma foto dessas, também não te tem em boa conta, foda-se a barriga está mesmo a precisar de umas corridinhas.

Sobre esssa coisa de te conhecer não falo para não te criar problemas, vais começar a ter PM´s para te darem o meu endereço. Gostei dessa coisa do antro, tinha um amigo, que sempre que ia dar uma facadinha no matrimónio, dizia que ia a uma casa de antro, falava que aquilo lá dentro era um antro de podridão.

Ainda hoje, sempre que passo por uma casa de luz vermelha fico com medo, nem me aproximo. A clarividência não é segredo para ninguém, eu sou um tipo que o que é para mim é para todos, foda-se não gosto de invejas. Basta que escrevam perto de uma janela e de dia, foda-se é assim difícil Torres? não é o que tu fazes?

Abraço

js

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Margarete Publicado: 15/08/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação ao js

olha lá. desculpa intrometer-me mas essa foto do torres fui eu que tirei.e está um excelente trabalho, aliás como todos os que faço. já agora, o seguinte: não te invejo. admiro-te.

beijo.

joaosurreal :

Mas não te preocupes, não sabia que eras tu, porque se me tivesse passado por esta cabecinha, que tu para além de escreveres aqueles textos todos fodidos, que dão com a mona de um gajo às voltas, eras também repórter fotográfica de guerra, era outra coisa! Tirar fotos no Luso é muito pior do que ir para o Afeganistão, é muito mais provável que apanhes com um uma dúzia de comentários de cortar à faca, do que um bala perdida em Cabul. Admiro a tua coragem, aconselho-te a fazer um seguro, consta por aí que os serviços secretos do Luso, geridos pelos novos administradores, informaram o Trabis de Mentol, que a qualquer momento pode rebentar uma bomba atómica com uma carga superior a mais de mil sonetos, do tempo do Camões e do Pessoa juntos. Tem cuidado Mar! Já agora, tenho uma dúvida, qual é afinal o teu mar? É o Atlântico, o Índico ou o mar Vermelho? Tenho um amigo meu que era também conhecido por mar, era nadador salvador numa praia fluvial perto da Torre de Moncorvo. O pessoal chamava-lhe mar, porque o pai o registou como Marquinhos. Na altura, era ele que fazia os marcos dos correios para os CTT. Mais tarde com o correio electrónico, o Pai ficou sem trabalho, começou a fazer caixas de email para a Zone TV cabo. O Marquinhos, fodido, porque havia um gay que se chamava Marcão, que tinha chegado num avião do Brasil para ajudar esta gente do interior a diversificar o seu modo de pensar, obrigou o pessoal a chamar-lhe mar, era um rapaz apagado e cheio de traumas, até lhe puseram de alcunha o Mar Morto! Pobre rapaz, até já tem uma lápide no cemitério com o nome dele, só falta pôr data. Bem, voltando à foto, que para ser franco está uma merda, manda-ma, que eu sou especialista em photoshop e com um bocado de tempo sou até capaz de por as Torres Bravas num gajo cinco estrela, boto-lhe um cabelinho loiro, olhos azuis, um pouco de botox nos lábios, tiro-lhe a barriga, e temos um Bad Pito como o Marcão.

Beijo
js
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Margarete Publicado: 16/08/2010

Mensagens: A padeira dos beijinhos no curação

sabes? ser repórter fotográfica de guerra é interessante. está-se dentro de histórias que contadas ninguém acredita. gostava de conhecer o Mar Morto, já que morro muitas vezes, possivelmente temos algumas coisas em comum. já o meu mar é apenas mar, sem mais substantivos. não preciso, substantivo próprio é pior que mar. quero que me chamem como água. quanto à fotografia, tens razão está uma merda mas é marca de um momento glorioso. quanto ao Marcão transformar-se-á num tipo de massa italiana, com os anos. Já o Bad Pito acabará no deserto a pedir boleia aos camelos, tenho uma inveja fodida da mulher dele.
eh eh

um beijo
surreal.

joaosurreal:

Ainda bem que caíste em ti e percebeste que a foto não está grande coisa, mas não tem mal, o pessoal sabe que tu afinal és novata e tens uma daquelas máquinas descartáveis, bem vistas as coisas até penso que fizeste um bom trabalho, aparece dentro do quadradinho o protagonista.

Tenho um vizinho aqui no meu bairro, agora
reformado e mal-humorado que quando começou a tirar fotos, no tempo em que o pessoal se via por cima, esqueceu-se de tirar a tampa da lente da respectiva máquina. Moral da história, o casamento foi todo pró caralho, ficou tudo a preto. A noiva com o desgosto tirou o ligueiro que levava na perna para dar sorte e poder juntar mais uns cobres, com o leilão da peça, atou-a ao pescoço, e queria pendurar o homem do passarinho num candelabro da igreja da Senhora dos Tormentos.

O que valeu é que o Padre, que por acaso era também juiz de paz na terra, interveio na disputa de razões, mas só conseguiu acabar com o problema quando pegou numa perna de cera que tinha sido oferecida
ao santo padroeiro da terra, por ter feito o milagre de salvar um casamento. Parece que o noivo andava metido com uma lambisgóia que vendia porcelanas porta a porta, a mulher deu um pontapé no cu á badalhoca, e de seguida obrigou o marido a comprar uma perna com o peso dela. Ora como a dita senhora pesava cento e vinte kg, o Padre que tinha uma empresa familiar de fazer hóstias, e era ele que carregava os fardos de farinha, amarrou na perna e deu um valente pontapé na noiva acabando por pôr termo à discussão.

O pior é que depois as famílias dividiram-se em razões: de um lado os que apoiavam a noiva, de outro os que apoiavam o noivo, bem, a coisa deu para o torto, palavra puxa palavra, murro puxa murro, e acabou tudo ao estalo. O padre fodido, deu dois berros e rasgou a folha das assinaturas, e como o casamento ainda não tinha sido consumado sexualmente, tirando uns pequenos encostos normais em caminho estreitos onde os casais não passam uns pelos outros, deu por terminado o casamento.

Moral da história, quem se safou foi o fotógrafo que como não houve casamento não tinha que tirar fotos.
Bem muita mais coisa gostava de responder, principalmente ao mar morto, que me mete cá uns nervos do caralho, não percebo como esse mar que já no tempo do Moisés estava morto, e ainda o pessoal anda a falar dele. Foda-se, tudo que é demais é abuso. Tou cheio destas merdas, de um mar que nunca mais termina de ser enterrado. O bad Pito fica para depois, que esse caralho fez-me uma na semana passada que nem posso ouvir o nome dele.

Beijo Margarete

js

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Margarete Publicado: 17/08/2010

Mensagem:A padeira dos beijinhos no curação

não te digo mais nada...

joaosurreal:

Atão não me dizes mais nada!!!! Tu és mesmo engraçada, tu pensas que eu sou marado da cabeça? Que eu saiba quando estas a dizer que não dizes mais nada estás dizer!!!! Atão em que ficamos? Dizes ou não dizes? Se queres não me dizer mais nada não podes escrever.

Mas também não sei como fazer para me dizeres que não me queres dizer mais nada. Fonha-se que até já estou a ficar com os miolos em azeite brando…. Atão como fazemos?

Já sei! Arranjas um amigo que venha Práqui prós lados da Malveira, e me venha dizer que não me dizes mais nada. BÊS, como sou um chavalo esperto! Ainda dizem por aí que o ensino não prepara os chavalos para as dificuldades. Fonha-se, há cada nabo. Biessem estudar Prá minha escola e eles iam BÊR.

Beijo Mar

js

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